Outubro é um mês marcado por campanhas relacionadas à saúde da mulher. Mais do que isso, neste mês lidamos com a conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama e como se cuidar para que o pior não aconteça.

Isso tudo é conteúdo explicito, leve, calmo. O que fica velada é a influência do patriarcado até mesmo na conscientização para as próprias mulheres.

Quantas vezes já ouviram falar em autoexame mamário e não soube se estava fazendo certo? Eu nunca sei se estou fazendo certo, e me acho uma piada por tentar. Ridícula, você não sabe fazer isso. E era para ser tão simples. Por que não sabemos?

Não sabemos se estamos fazendo o autoexame mamário direito porque não é permitido a divulgação de um tutorial fiel sobre como realizá-lo. E não é permitida a divulgação na televisão e nas redes sociais porque nossos peitos não podem aparecer – nosso mamilo é sexual.

Nossos mamilos não deveriam ter conotação sexual, mas são sexualizados, de tal forma que chega a ser prejudicial para a nossa saúde mental e à nossa rotina – quando pensamos em mães que “não devem” amamentar seus bebês em espaços comuns.


Eu vejo mamilos de homens todos os dias na Tv, no celular, nas ruas. E, posso falar? Não acho que eles sejam tão diferentes dos meus assim, mas nunca vão saber – porque não pode.


Acredito que a saída para a objetificação sexual não seja a censura, mas a naturalidade. Não sei se o mundo está pronto para naturalizar e normalizar mamilos femininos, mas tenho certeza que estamos prontas para alguma mudança nesse sentido. E vamos mudar e fazer essa diferença, juntas e nos apoiando todos os dias!! 

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