Algumas mulheres de Salvador se uniram em 2015 para fazer do grafite sua forma de compartilhar suas ideias.

Através das redes sociais, mulheres como Sista Katia, Quel, Tata, Su, Singa, Gata_Xis, entre outras, começaram a marcar encontros para espalahar sua arte e palavras pelos muros da cidade.

“A ideia era ter um contato fora do virtual para a gente se conhecer, criar uma ligação afetiva para além da pintura”, comenta Sista Katia em entrevista ao site Correio 24 horas.

A maioria delas se conheceram no curso de formação Feminismo e Grafitti, promovido pela Rede Mumbi – Mulheres Militantes do Bairro à Internet.

“Pra mim, o grafite é um porta-voz do empoderamento feminino. Estou no rolê para quando uma menina vir minha bonequinha preta se enxergar e se achar bonita”, afirma Su, 32 anos, que começou o curso para entender mais de feminismo.

“Valorizo muito a questão da estética e da cultura porque ela tem um poder muito importante”, pontua Tata, também 32, professora de Arte e Tecnologia.

“A gente sai com a proposta de protagonizar e representar a mulher dentro da sociedade e no cenário do grafite”, comenta Singa. “Apesar de ter mulheres pintando, o trabalho não era tão divulgado. Essa é uma forma de quebrar barreiras, chegar nos lugares e alertar outras pessoas que não estão atentas ao preconceito”, completa.

Essa foi a forma que elas encontraram para ocupar a rua e também de lutar contra o machismo.“A gente tem que discutir isso dentro da cena, não é algo que eu goste de fazer fora do grafite”, conta Sista.

“Pra mim isso é sororidade. Quando Tata me oferece carona se vamos pintar, quando Sista me dá uma máscara porque eu acho que estou com alergia à tinta ou quando Quel me empresta uma lata, entende?”, finaliz Su.

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Todas as imagens @Corrio24Horas

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