Como mulheres empreendedoras fazem a diferença no mercado de trabalho

Empreender no Brasil é um desafio, e ao mesmo tempo uma atividade que cresce mais a cada ano devido à escassez de empregos que vivemos atualmente. Nós mulheres temos sofrido mais com esse fator que se deve à clara disparidade de aceitação no mercado de trabalho perante os homens.

 

Infelizmente os homens ainda detêm maior parte do poder econômico e judicial. Você sabia que até 1962 as mulheres casadas precisavam da autorização do marido para trabalhar fora e até mesmo para abrir conta no banco? Pois é, segundo o código civil de 1916, as mulheres eram consideradas incapazes. Mas estamos aqui hoje pra quebrar esse diagrama, nós mulheres já somos 53% da população empreendedora, motivada em transformar o mundo e fazer a diferença! (GEM – 2020)

 

A importância da mulher empreendedora é clara, nós viemos para chacoalhar o mercado e transformar os padrões atuais, criando mais empregos e nos apoiando a cada conquista. E já estamos nessa luta há um tempão! Eu quero apresentar a vocês quatro inspirações minhas e de muitas outras mulheres, quatro exemplos de força, originalidade, luta e dinamismo!

 

  1. A primeira mulher no mundo dos negócios foi Barbe-Nicole Ponsardin, no século XIX, foi viúva de um produtor de vinhos e a visionária transformou a empresa herdada em um império, passando a vender apenas champagne. A marca Veuve Clicquot (viúva de Clicquot) foi consolidada como uma das melhores do mundo.

 

  1. No século XX Gabrielle Chanel, mais conhecida pelo seu apelido “Coco”, quebrou diversos padrões de vestimentas com a sua costura. Aprendeu a costurar aos doze anos no orfanato em que morava com a irmã e, na sua maioridade costurava durante o dia e cantava a noite em cabarés.

Antes de Coco transformar o mundo da moda, as mulheres usavam apenas roupas justas e desconfortáveis, cabelos longos e não podiam mostrar as pernas. Começou usando roupas do rapaz com quem morava e virou referência de estilo na alta sociedade.

 

Quando Coco criou seu ateliê de moda em Paris, idealizado na liberdade de expressão e no conforto, foi aclamada pelo público feminino e revolucionou o modo de se vestir influenciando marcas de roupas do mundo inteiro. Se não fosse por ela, talvez ainda estaríamos usando espartilhos até mesmo na praia!

 

 

  1. Marie Curie é alguém que não deve ser lembrada apenas pela sua inteligência e feitos históricos, a mulher deu exemplo no que se trata de sororidade e rede de apoio feminino!

Marie sonhava ser uma cientista, mas nenhuma instituição na Polônia, seu país natal, aceitava mulheres como alunas. Então resolveu fazer um trato com uma de suas irmãs: ela ajudaria financeiramente a irmã na sua formação de médica para que depois de formada a irmã a ajudasse a estudar em outro país também. Depois de trabalhar como governanta na casa de uma família em 1891 conseguiu estudar matemática, química e física na Universidade de Paris, onde conheceu Pierre Curie com quem se casou e dividiu seu prêmio Nobel. 

Marie além de descobrir Rádio e o Polônio, elementos químicos até então desconhecidos, decidiu se dedicar na invenção da máquina de Raio X para ajudar os soldados em guerra.  Quando o exército se recusou a financiar seu projeto, Marie Curie recorreu à União das Mulheres da França e conseguiu construir seu primeiro carro radiologista, depois recebeu a doação de vinte veículos de mais outras mulheres, e assim capacitou junto a sua filha 150 mulheres que realizaram radiografia de mais de um milhão de combatentes ao longo da guerra. Vitória das mulheres!

 

  1. A bailarina afro-brasileira Mercedes Baptista também não teve mamata! Era a única negra na escola onde frequentava, e quando se mudou para a capital do Rio de Janeiro começou a assistir aulas de dança voltadas para a cultura brasileira.
    Também estudou a dança clássica na Escola de Danças do Theatro Municipal, onde se tornou a primeira bailarina negra a integrar o corpo de baile. Mesmo com essa conquista, não eram resignados a ela bons papéis por causa de sua cor.Mercedes dedicou-se então ao Teatro Experimental do Negro e foi convidada pela bailarina americana Katherine Dunham para estudar nos Estados Unidos. Voltando ao Brasil, Mercedes fundou a primeira escola de dança a conciliar técnicas clássica e moderna com movimentos afro-brasileiros. 

 

Essas histórias nos lembram da importância que temos nesse mundo! Temos muito trabalho pela frente ainda, mas agradecemos de coração aquelas mulheres que nos inspiraram quebrando algumas das barreiras que nos cercam.

 

Nossa motivação é clara, nosso objetivo é honesto e nossos sonhos, infinitos. Vamos juntas fazer mais história!

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