Vivi Duarte conta
como
se faz!

A mulher pode ter jeito de empreendedora, alma de empreendedora, talento de empreendedora, mas não tem jeito: o medo vai bater.  Ter receios e ansiedades em relação a sua carreira, ainda mais quando tem consciência de que está todo o tempo desenvolvendo uma marca pessoal — ou seja, construindo a sua reputação e seu legado. Ter medo não é só natural, é esperado! Pensar duas vezes, mudar de direção e às vezes dar um passo pra trás podem ser sinais de responsabilidade. O que não pode é deixar esse medo virar uma insegurança paralisante! E como fazer isso? A Vivi Duarte, criadora do Plano Feminino, CEO do BuzzFeed Brasil e mentora do projeto HerShe dá cinco conselhos poderosos para mulheres que sabem que uma marca pessoal tem muito poder em nossas relações profissionais.

 

1. O que uma mulher precisa ter para criar a sua própria marca pessoal?

O principal pilar para a criação de uma marca pessoal é a autoestima. Entender quem você é na fila do pão é essencial. O que isso significa? Significa entender quais são as suas principais habilidades, técnicas e emocionais. Faça uma lista mesmo! Pense nas coisas que você faz, nas habilidades emocionais que você tem, nas suas paixões. Quando você desenha essas habilidades você trabalha de um jeito certeiro a sua marca pessoal, porque começa a identificar quais são as suas potências e como você vai mostrá-las pro mundo. Ao identificar as suas potências, você terá mais propriedade em mostrá-las.

Hoje, a gente tem as mídias sociais para poder colocar nossa voz no mundo, ferramentas cada vez mais sofisticadas.

 

Quando você identificar a sua potência, souber quais são suas habilidades, você vai mostrar essa sua marca pessoal dentro de canais que são importantes para você.

 

É claro que você não precisa estar em todas as mídias sociais! Quais são as mídias sociais onde você pode estar e que tem a ver com as potências e habilidades que você quer mostrar para o mundo? Você pode decidir usar o LinkedIn e o Instagram, por exemplo. No LinkedIn você vai escrever textos e compartilhar conteúdos que conversem com o seu propósito. No Instagram eu vou contar um pouco do meu dia a dia e dividir descobertas com as pessoas. É preciso interagir com as pessoas também, até para ajudar o algoritmo das plataformas a entender que você é uma pessoa real e ativa.

 

2. Você precisa construir uma narrativa: o que você faz, como você faz, por que você faz, onde você está e para onde você quer ir. Ter isso sempre alinhado com as suas atitudes, para que as pessoas consigam se conectar com você de uma forma verdadeira, consigam enxergar a mulher que você é. Você vai criar a sua rede a partir daí.

É sempre bom entender que para construir sua marca pessoal é preciso alinhar discurso com atitude e cuidar da sua imagem. Isso não significa entrar em nenhum padrão, mas construir sua imagem a partir do que você quer contar pro mundo. Como está sua personificação aí do seu discurso por meio da sua imagem? Isso passa pela roupa que você veste, o jeito que você fala, de como você se comporta dentro do seu círculo social. Tudo influencia a construção da sua marca pessoal e é importante ter isso no radar para não criar ruídos visuais ou verbais de comunicação, e ter uma marca reconhecível e forte.

 

3. Como listar suas principais qualidades?

O segredo é ser sincera com você mesma e não ficar se comparando com outras pessoas. A gente se compara demais, e essa comparação constante invalida muitas habilidades e conquistas importantes. Então, primeiro, é preciso olhar pra dentro e entender que a sua jornada é importante, a sua história é importante, seu ponto de partida é diferente de do ponto de partida de outras pessoas. Não dá para comparar a sua trajetória com a de outras pessoas. Olhar para dentro e entender quais são suas potências é essencial para poder desenhar o que você sabe fazer de verdade.

Uma das coisas que a gente trabalha em workshops de capacitação e liderança para mulheres, é não ter vergonha de se elogiar. Sem tabu, sem reservas. Para isso, o exercício da escrita é muito importante. Escreva para você mesma o que você tem de bom, o que você admira em você, o que você gosta em você. Esse exercício de autoconhecimento, de auto validação, auto elogio, é muito importante. Isso começa de dentro pra fora, porque as suas habilidades, as suas potências vão aparecer.

 

Toda mulher sabe a força que tem, mas muitas vezes essa força está escondida debaixo de padrões, de estereótipos, críticas.

 

 

4. Em que momento é possível dizer que você tem uma marca pessoal?

Uma marca pessoal se constrói todos os dias. Está sendo construída a partir do momento em que sua carreira começa. Quando você tem a informação de trabalhar sua marca pessoal a seu favor, você descobre que não é só um crachá ou um cargo, mas uma mulher com experiência, qualidades e técnicas. Isso vai valorizando sua marca, seu valor dentro do lugar onde você está. A partir do momento em que você potencializa suas habilidades e até sua vulnerabilidades, você está construindo a sua marca pessoal. É bem legal você usar as mídias pessoais a seu favor para poder contar essas histórias e construir sua rede. Nos espaços onde você estiver, exercitar seu poder de fala, de ser ouvida.

Eu indico que as mulheres possam absorver os conteúdos que a gente aqui está disseminando aqui no HerShe e coloquem em ação, em prática, porque essa construção de repertório e força pessoal só vão fazer bem para seu progresso pessoal e profissional.

 

5. Como criar e manter sua credibilidade?

Credibilidade e reputação se constroem no dia a dia, a partir de nossas ações e escolhas. Uma mulher empreendedora, que constrói sua narrativa e sua marca pessoal, que conhece seu propósito, precisa estar atenta para se as ações no dia a dia, suas escolhas de parcerias, de projetos, de conexões, vão de encontro ao que ela está contando para o mundo, o que ela entrega.

 

É muito importante entregar aquilo que a gente se propõe a realizar, ter comprometimento com o resultado do nosso negócio e também com a satisfação dos nossos clientes, que são as pessoas que compram nossas ideias e valorizam nosso trabalho.

 

Esses valores precisam estar muito embutidos no dia a dia. A gente vê muitas mulheres com um grande discurso de empoderamento, de sororidade, e aí tem uma exposição tudo isso cai por terra porque na verdade as atitudes não condizem com o que ela está pregando nos textos que escreve, na arte que produz, nas coisas que fala. É essencial ter essa coerência, essa transparência, é isso que constrói reputação e valor.

 

6. O que é inegociável pra você?

É importante ter uma lista do que é inegociável para você. O que você jamais faria, o que vai contra seus princípios, seus valores, seu propósito. Tenha isso alinhado com você mesma: “o que eu não quero pra mim, não quero para meu negócio, não quero para minha empresa”. Vale tanto para a vida profissional quanto para a vida pessoal. Na vida profissional, evita que você entre em furadas, pegue trabalhos maiores do que consegue entregar ou construa relações que não serão sadias. Na vida pessoal, quando a gente sabe o que não quer acaba ligando nosso radar de que “vai dar ruim”. Aí fica mais fácil tomar decisões, evitar crises e construir nossa jornada com potência, verdade e valor.

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