Assédio não é brincadeira, não é piada, não deve ser usado como desculpa de pensamento antigo. Assédio é imoral, fere, machuca, colocar as mulheres como objeto. É uma clara situação que expõe o machismo e objetifica, constrange.

O apresentador Silvio Santos fez questão de mostrar tudo isso, mais uma vez, no último fim de semana, durante a apresentação do TeleTon. Quando a cantora Claudia Leitte foi cumprimentar o apresentador, ele proferiu um discurso machista que deixou a artista visivelmente constrangida.

 

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Ele quis justificar seus comentário dizendo que era sinceridade, culpando seus comentários desrespeitosos na roupa que ela estava vestindo, como se ela realmente provocasse o assédio e suas palavras constrangedoras.

Hoje, Claudia Leitte se manifestou por meio das suas redes sociais, dizendo que se sentiu constrangida com os comentários do apresentador e que as pessoas não devem se acostumar com comportamentos assediadores, disfarçados de brincadeira.

 

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Longe de ser um caso isolado, Silvio já constrangeu mulheres outras vezes. Em junho do ano passado, o apresentador colocou a atriz mirim em uma terrível saia justa, que a fez desabafar nas mídias sociais sobre os comportamentos machistas da sociedade. Na época, Silvio insistiu em “ajeitar” um namoro entre Maisa e o apresentador Dudu Camargo, mais velho que ela, coisa que a deixou bastante sem graça pela insistência mesmo após ela pedir para parar com esse tipo de “brincadeira”.

Em junho deste ano, Silvio fez um comentário gordofóbico, que fez com que a cantora Gaby Amarantos manifestasse seu descontentamento nas mídias sociais. Ele disse que Preta Gil estava mais gorda que na sua última aparição em seu programa porém, mantinha o rosto bonito. Diante disso, Gaby Amarantos escreveu em suas redes:

 

Não podemos concordar com esse tipo de atitude e nos calar perante situações machistas. Menos ainda devemos colocar como justificativa o fato de a pessoa ser de “outros tempos”.

Não aceitamos mais o machismo, o assédio, o preconceito. Venha de onde vier, seja de quem for. Como mulheres, queremos e exigimos respeito, não importa se isso acontece com uma figura pública ou não. Não vamos nos calar, não vamos mais deixar isso passar, não vamos permitir que o assédio e o machismo passe por cima de nós, porque nós somos resistência e somos a mudança que queremos para o movimento.

 

 

 

 

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