Em outubro do ano passado, foi inaugurado o primeiro museu feminista do mundo na cidade sueca de Umeå, capital europeia da cultura em 2014.

Metade dos representantes políticos do país se autodefinem como feministas. Existe um partido chamado Iniciativa Feminista e um Estado que está em quarto lugar no índice global da igualdade de gênero. Ou seja, faz sentido o museu ser lá.

O Kvinnohistoriskt Museum, (ou Museu da História das Mulheres, em sueco) não tem coleção permanente. Atualmente traz duas exposições paralelas, uma falando sobre envelhecimento e a outra sobre raízes.

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O conceito de “museu das mulheres” surgiu nos anos 1980 com o objetivo de tornar a historiografia mais justa. A maior parte das pessoas não está inclusa na história. A maioria das coisas que as pessoas fizeram, pensaram, sentiram e acreditaram está esquecida.

Os primeiros museus dedicados ao direito das mulheres e do seu papel histórico, econômico, social e político, datam de 1982, em Bonn, na Alemanha, e pouco depois no mesmo ano, com o surgimento do Kvindemuseet (Museu das Mulheres) em Aarhus, na Dinamarca.

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Elke Krasny, curadora e especialista em teoria da arte, descreve que “os museus que pesquisam, colecionam e exibem as vidas e os trabalhos das mulheres nascem com a segunda onda do movimento feminista”.

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Na década seguinte, surgiram vários museus sobre a história das mulheres pelo mundo, como o National Women’s History Museum (Museu Nacional da História das Mulheres), nos Estados Unidos, criado pela ativista Karen Staser com o objetivo não de “reescrever a história, mas de posicionar a história das mulheres e expandir o conhecimento da história nos Estados Unidos”.

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A britânica Eilean Hooper-Greenhill, especialista em museologia, narra que o espaço do museu tem sofrido uma série de mudanças na história, “passando a ser templo e espaço colonizador de um novo gênero de instituição”, com as transformações que isso implica.

O National Museum of African American History and Culture (Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana), sobre a história das pessoas negras nos Estados Unidos, abrirá em 2016. Aliás, se quiser fazer doações para auxiliar na criação desse espaço é possível.

Também estão sendo abertos o Museu das Mulheres na Turquia, o Museu do Gênero na Ucrânia e o Museu da Mulher em Buenos Aires. Todos abordando aos movimentos feministas e a história das mulheres em geral.

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