Marley Dias, de 11 anos, lançou um desafio depois de se aborrecer com o fato de que só achava livros na escola sobre “garotos brancos e seus cachorros”: reunir ao menos mil livros com protagonistas negras.

Com ajuda de sua mãe, Janice, criaram em New Jersey, nos Estados Unidos,  a campanha #1000blackgirlbooks (1.000 livros de garotas negras).

“Eu estava na quinta série e fiquei frustrada porque só líamos livros sobre garotos brancos e seus cachorros. Daí, eu falei com a minha mãe e ela me disse: ‘ok, mas o que você vai fazer sobre isso?’ E eu decidi que ia colecionar mil livros”, contou ela em entrevista à Folha. “Não me entenda mal, eu gostava daquelas histórias, eu só queria algo com que eu pudesse me relacionar”.

Mas se a meta era inicial era mil livros, acho que mãe e filha não esperavam o sucesso que a ideia faria, e já arrecadaram nada mais que 4.000 exemplares.

“Eu fiquei orgulhosa de mim por ter conseguido atingir o objetivo e depois ultrapassa-lo”, contou Marley. “E mil era um número grande para mim, porque eu só tenho 11 anos”, brinca.

“Acho que nós não tínhamos noção do dilema internacional que é essa questão da falta de diversidade e a Marley teve a chance de dar voz a um desafio que muitas pessoas preferem não falar”, disse Janice.

Elas criaram um índice online com 700 destas leituras já – que você pode ver aqui.

Os livros foram doados para a escola de Marley, alguns outros colégios nos Estados Unidos e na Jamaica, onde Janice nasceu.

Quando questionada dos planos futuro Marley diz que quer criar um clube de leitura de livros sobre garotas negras. A ideia é ler durante as férias de verão e depois reunir e conversar por Skype.

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