“Nas cidades onde têm a Copa do Mundo, muitas russas se comportam como prostitutas na frente dos estrangeiros. As mais espertas colocaram anúncios nos sites de relacionamento. Claro que muitas mulheres procuram estrangeiros por dinheiro, outras procuram casamento. Mas tem mulheres que estão prontas para dormir com estrangeiros de forma gratuita só porque são estrangeiros. Podemos dizer que dá vergonha. Muitas mulheres nem conhecem o sentimento de vergonha. Muitas mulheres que correm atrás dos estrangeiros não têm vergonha, moral e valores. Nós criamos uma geração de putas prontas para abrir as pernas ao escutar algum sinal de idioma estrangeiro”.

Pensa que acabou por aí? Senta aí que vem mais! Ele ainda diz que a Copa do Mundo é importante pro país economicamente para quebrar estereótipos, mas que essa “questão feminina”é reforçada, porque “as mulheres russas se vendem”. O jornalista ainda cita o escândalo de uma rede de fast-food da região que prometia oferecer lanches de graça para mulheres que engravidassem dos jogadoras. Ele diz ainda que, apesar de a postagem ter sido apagada, ela claramente reflete o comportamento das mulheres do país.

O que dizer, né? Sabemos que a Rússia é um país bastante conservador, inclusive com leis severas em relação aos homossexuais, que não podem demonstram nenhum tipo de afetividade em público, sob o risco de prisão. Porém, podemos aproveitar que o mundo está de olho no país e mostrar o quanto ele pode e deve mudar para ter uma sociedade mais igualitária.

 

 

Sobre o artigo, obviamente ele tomou grandes proporções devido às críticas em relação ao conteúdo misógino e sexista, fazendo com que o jornalista escrevesse em um outro texto que a interpretação “foi equivocada” – claro, elas sempre são, não é verdade? – e ainda completou que não se referia a casos específicos, mas às imposições sociais feitas pela mídia. Pra fechar com chave de ouro, ele ainda colocou a culpa na geração que criou essas mulheres, dizendo que elas foram ensinadas a seduzir e expressar sexualidade.

 

Falamos muito sobre a sociedade machista, preconceituosa e misógina que ainda vivemos e muitos acreditam que seja mimimi. Mimimi? Como? Mulheres têm direitos sobre seu corpo, sobre o que fazem de suas vidas, sobre as relações que possuem e não é o direito de ninguém ofender essas mulheres por qualquer tipo de comportamento que elas tenham, especialmente usando palavras pejorativas e preconceituosas.

É por isso que lutamos, é pelo direito de ocuparmos espaços e sermos quem quisermos. É por isso que brigamos, que mostramos e fazemos valer o nosso poder de fala, que queremos e precisamos ser ouvidas, mostrar que esse tipo de atitude é de um erro sem tamanho. Vamos nos posicionar sempre, porque podemos ser o que quisermos ser!

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