Uma pergunta bastante comum nas entrevistas de emprego é sobre o salário que o candidato recebia no emprego anterior. Mas, em alguns estados americanos está pergunta está proibida porque eles consideram que essa informação ajuda a perpetuar a desigualdade nos EUA. Entre os estados que seguem estas regras, estão Nova York, Califórnia, Delaware, Massachussets, Oregon e Porto Rico. Em Maryland e Boston, há estudos para se fazer o mesmo, enquanto em Ilinois foi vetada a legislação a respeito.

A desigualdade salarial entre mulheres brancas, hispânicas, asiáticas e negras em relação ao homem branco é uma das justificativas para a criação da lei. De acordo com pesquisa feita com profissionais que trabalham em tempo integral nos EUA pela ONG American Association of University Women, as mulheres ganham 20% a menos que os homens no país, uma diferença percentual igual ao do Brasil atualmente.

 

 

De acordo com dados do censo americano, as mulheres hispânicas, negras, asiáticas e brancas recebem, respectivamente, 46%, 55%, 63% e 84% do valor do salário de um homem branco. Ou seja, a desigualdade ainda é enorme.

Claro que não é todo mundo que está satisfeito com a nova legislação. Há um medo de que ela reduza a possibilidade de negociação do profissional ou que recrutadores passem a pagar menos para o sexo feminino, por acreditar que as mulheres recebem menos.

Essas questões ainda existirão. Não é fácil lidar com a mudança, mas é um primeiro e importante passo para fazer com que a desigualdade chegue cada vez mais perto de ter um fim. Cada pequena atitude como esta, mostra que nossas vozes estão começando a ser ouvidas, mostra que lutamos de forma justa e estamos no caminho certo.

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