O mercado está cheio de brinquedos pras crianças. Têm opções das mais variadas pra agradar meninos e meninas. Pra elas têm bonecas, casinha, fogãozinho e várias outras coisas delicadas relacionadas com o universo de cuidados com a casa. Para eles, carrinhos, jogos, experimentos e tantas outras coisas que desafiem a imaginação. Agora, você já parou pra pensar em como essa diferença nos tipos de brincadeiras podem influenciar as crianças? Essa diferença interfere na escolha, por exemplo, de meninas seguirem profissão na ciência, na tecnologia.

Só pra ter uma ideia, um grupo de 247 crianças de 1ª a 5ª série participou de testes que associavam matemática e gênero. Foram avaliados três aspectos: identidade de gênero (se a criança se identifica como feminino ou masculino), associação da capacidade matemática a gênero e autoavaliação sobre habilidades matemáticas.

Em um dos testes, pediram para que as crianças combinassem quatro tipos de palavras: nomes de meninos, nomes de meninas, palavras relacionadas à matemática e palavras comuns.

A maior parte das crianças relacionou os termos matemáticos a nomes de meninos. Além disso, no teste de autoavaliação, mais meninos do que meninas se declararam identificados com perfil matemático.

 

 

E não acaba só aí essa diferença. Podemos ver em números o que a diferença de gênero provoca em relação às escolhas da profissão:

  • 9 em cada 10 meninas associam engenharia com afinidades e diretrizes masculinas;
  • Em uma pesquisa com 180 crianças, 40% da meninas têm matemática como matéria favorita e 23% dos meninos;
  • 38% do meninos escolheram tecnologia como disciplina favorita e entre as meninas, foi apenas 7%;
  • 77% dos meninos gostam de brincar com dispositivos eletrônicos e meninas ficam com 40% da preferência;
  • 50% dos pais acham que as meninas não desenvolvem interesse em ciência por conta dos baixos estímulos em casa e na escola;
  • De 900 pais e mães que participaram da pesquisa, 80% disseram que apoiarão as filhas independentemente carreira que escolherem.

Mas, a gente não precisa esperar pra ver as mudanças acontecerem. Podemos incentivar as crianças, especialmente as meninas, a investirem em brincadeiras relacionadas à ciência e tecnologia, para que elas tenham interesse por essas áreas e depois identifiquem aquilo que mais gostam.

 

 

Deixar as crianças brincarem com todos os tipos de brinquedo, sem distinção de gênero, também é uma ótima maneira de deixá-las livres pra escolherem o que querem, o que gostam, sem ficar na neura de boneca é pra menina e carrinho é pra menino. Já deu, né?

Claro que não é só papel dos pais mudar essa realidade, as marcas também precisam inovar e deixar a questão de gênero de lado que aparecem nas caixas dos brinquedos e nas propagandas destinadas às crianças. O papel da marca é mostrar que todos os brinquedos podem e devem ser aproveitados por todas as crianças. Assim, despertamos nelas o interesse por diversas áreas diferentes, assim como também conseguimos de forma lúdica trabalhar com elas a diversidade. O futuro agradece.

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