No dia 15 de março de 1963, o presidente John F. Kennedy fez um discurso no Congresso americano em que formalmente tratava da questão dos direitos do consumidor. A partir de então, celebra-se todos os anos neste dia, o “Dia Mundial dos Direitos do Consumidor”, como um meio de elevar a consciência global sobre os direitos do consumidor. Sem dúvida alguma, grandes avanços tem sido feitos no mundo todo em termos de defesa de nossos direitos, é só ver a enorme importância do “Código de defesa do consumidor” (implementado no Brasil a partir de 1991). Mas e quanto aos nossos deveres? Será que refletimos sobre o nosso papel enquanto consumidores ou sobre os impactos do nosso consumo? Que tal então, participarmos desta “festa”, refletindo um pouco sobre o consumismo?

De um modo bem simples podemos dizer que consumismo é o ato de consumir produtos/serviços de maneira indiscriminada, ou seja, sem a consciência de que podem ser prejudiciais à nossa saúde , à sociedade e ao ambiente. O consumismo é marcado pelo excesso, por consumir além do necessário.

Se pensarmos bem, quem é que nunca consumiu sem necessidade? Será que nós realmente só consumimos aquilo que de fato precisamos para nossa sobrevivência?! Será que precisamos mesmo de tantos pares de sapatos? E os alimentos? Comemos tudo o que compramos, sem nenhum desperdício? E mesmo que não haja desperdício direto, será que precisamos comer o tanto e tudo que comemos? As perguntas são muitas, mas com certeza não é preciso gastar muito tempo para perceber que todos nós somos consumistas em algum grau. Uns mais, outros menos, mas mesmo assim todos consumimos bem além do necessário.

O que talvez muitos não saibam sejam os efeitos deste excesso de consumo em nossas vidas. Você sabia, por exemplo, que o consumismo está diretamente relacionado ao aumento da violência? Ou que ele tende a aumentar a exploração sexual de jovens (venda do corpo para comprar bens “que todo mundo tem”: celulares, roupas e acessórios)? Você sabia que só em 2009, 130 mil crianças brasileiras se submeteram a algum tipo de cirurgia plástica? Ou que em 2 horas de desenho animado, a criança assiste a 40 cenas de violência explícita? Ou seja, são 1.200 cenas de violência por mês só neste pequeno período de tempo.

Abuso de álcool e drogas, aumento dos transtornos alimentares, erotização precoce das crianças, distorção de valores, incapacidade de tolerância à frustração, são alguns outros exemplos das consequências do consumo indiscriminado. Isso, sem falar nas implicações para o ambiente, como mudanças climáticas, falta de água, entre outras coisas.

Estes são apenas alguns poucos exemplos de um problema que é bem mais amplo, mas fica aqui o convite para pensarmos juntos: o que faremos a este respeito?

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