Após uma noite chuvosa e embaixo das cobertas, tive que acordar e trabalhar na marra. O bom é que era sexta-feira, para mim, o melhor dia da semana. Eu já havia combinado um happy hour com alguns amigos e era só isso que estava pensando.
Saí do trabalho e fui direto para o bar em que havia combinado. Meus amigos já estavam lá, me aguardando com os choppinhos na mesa. Até aí tudo certo, mas não passou meia hora e vi minha amiga Ana ficar pálida. Na hora eu perguntei o que era, e ela me disse em tom de segredo, que o meu ex estava entrando no recinto e indo direto para a nossa mesa.
Não deu tempo nem de pensar em nada, pois o Leonardo simplesmente chegou cumprimentando meus amigos – que estavam de frente para ele – e em seguida virou-se e me deu um beijo molhado e demorado no rosto. E como se nunca tivéssemos brigado na vida, ele começou a puxar papo e praticamente se convidou para sentar. Um dos que estavam na mesa, o Artur, era muito amigo dele também, então, foi a situação perfeita para ele ficar à vontade.
Já fazia mais de ano que tínhamos terminado e, nesse tempo, nos encontramos poucas vezes e sempre em situações como essa. Mas nunca acontecia nada. Eu não gostava muito, pois para mim essa história de ficar amigo de ex não funciona. Isso é propaganda enganosa.
Papo vai, papo vem, e muitos chopps depois, estávamos todos bem soltos, falando muita besteira e fiquei cismada com a situação, pois o Leonardo começou a me olhar diferente, lançando aquele olhar 43 mesmo! Depois de tanto tempo sem rolar nada, por que naquela noite ele estava demonstrando interesse?
Assim que pagamos a conta e saímos do bar, ele me pediu carona, disse que seu carro estava na oficina e que um amigo o havia deixado ali. Como sou uma pessoa muito educada – leia “estava querendo beijar muito” – claro que aceitei. Naquele momento, depois de uns choppinhos, a única coisa que queria era beijar a boca dele e provavelmente ir para os “finalmentes”.
A nossa relação tinha sido muito desgastante no final , mas a nossa vida sexual sempre foi muito intensa. Não vou ser hipócrita e dizer que eu não sentia falta, pois sentia sim. Relacionamentos são difíceis, mas quando o sexo é bom, ajuda e muito.
Entramos no carro e perguntei o que ele tinha em mente, já que estávamos só nós dois, ele podia falar abertamente o que queria comigo. Ele disse:
– Eu quero isso – e me beijou.
Foi tão rápido, quem nem pude fazer um charme. Aí ele já começou a beijar meu pescoço, dizendo que sentia minha falta e me pediu:
– Eu sei que você também quer então tenho uma proposta: vamos agora para um motel e não vamos falar sobre nada do nosso passado. Tudo o que formos falar do nosso namoro pode virar desentendimento e tudo o quero hoje é você. Nem que for só por hoje.
Eu fiquei passada e já estava com as pernas moles. A única coisa que pensei foi “não tenho nada a perder”. Eu estava sozinha e realmente não tinha mais sentimentos por ele, porém, todavia, entretanto, fazia um bom tempo que eu não transava. E sabe aquela história de que os homens